Nos e-mails que trocamos, pude perceber a pessoa carismática que ela é.
Uma mãe carinhosa que se preocupa com sua filha e uma esposa dedicada e que ama o que faz. É isso o que percebi ao fazer a entrevista.
Obrigada Tânia por ter me dado essa oportunidade e continue escrevendo seus livros, pois eles fazem muito bem á sociedade.
Espero que vocês gostem:
Entrevista:
- Quando você começou a escrever?
Bem cedo. Poesias lá pelos 13 e isso foi até eu começar a lecionar (Português) para os adolescentes. Então comecei a escrever histórias infantojuvenis (em 1992). Minha primeira aprovação aconteceu em 1996, mas o livro só ficou pronto em 1998, o Violeta, da Editora Paulinas.
Busco um tema em diversos lugares. A leitura é a minha fonte principal, de onde mais eu tenho ideias. Leio, leio, leio. Mas também assisto a filmes, observo as pessoas, os lugares, programas, entrevistas, muita coisa. Pode ser também um quadro, uma música... De repente, aparece uma personagem querendo nascer, uma ideia aqui, ali... começo a escrever e a história vai tomando corpo quase sozinha.
3. Você precisou de alguma preparação para poder escrever livros, como aulas ou simplesmente veio na sua cabeça “Vou escrever livros”?
Sempre há preparação. As leituras são fundamentais. E o treino da escrita propriamente dita também. Escrever, escrever e escrever. Sem cansar de voltar e recomeçar.
4. Você já recebeu um “não” de alguma editora? Se sim, qual foi a sua reação?
Sim! Ainda recebo de vez em quando. Nem tudo o que eu envio para uma determinada editora dá certo com os projetos que ela já tem. Então, envio para outra e ainda outra se for preciso, até meu livro encontrar o seu caminho. Se acredito no meu texto, não desisto. Em tudo na nossa vida deve ser assim: não desistir do que acreditamos.
6. Quantos anos você tinha quando escreveu seu primeiro livro? Quanto tempo ele demorou a ser escrito? E agora? Com prática você acha que demora menos para escrever um?
Meu primeiro livro foi publicado quando eu tinha 34 anos. Não me lembro direito quanto tempo ele demorou para ser escrito. Alguns livros demoram mais, outros menos, depende da complexidade dos personagens, da estrutura do texto. Acho que não demoro menos hoje em dia, pois estou cada vez mais exigente comigo mesma e procuro problemas no texto o tempo inteiro, tentando descobrir em que eu posso melhorá-lo ainda mais. Tenho livros que demoraram 2 meses, assim como outros mais de um ano.
7. Seus livros normalmente retratam assuntos do cotidiano e problemas enfrentados por adolescentes. Em que você se inspira para escrevê-los? Você poderia dizer que algum de seus personagens foi inspirado em você em algum momento de sua vida? Qual?
Procuro inspiração nos próprios adolescentes, no meu jeito de ser de hoje, do que eu fui... Muitos personagens têm algo de mim, do que eu penso, do que eu acredito. A Malu, do Perseguição, por exemplo, que gosta tanto daquele quadro O Beijo, do Klint. Eu adoro esse quadro, acho-o lindo, lindo...
8. Como você se sente em saber que suas obras/livros podem modificar o pensamento de seus leitores?
Não é minha intenção modificar pensamentos, mas se eu puder levar os leitores a pensar de uma outra forma que não tinham pensado antes, a descobrirem algo novo, puxa, isso é muito legal.
9. Sobre o livro Perseguição, quando você estava escrevendo ele, imaginou o sucesso que ele faria? O que você sente ao ver esse sucesso? Qual foi sua inspiração para escrever essa obra?
Quando estava escrevendo o Perseguição, senti que poderia, sim, ser um livro que viesse a agradar muitos leitores. Isso porque eu acho que a história mexe com os nossos sentimentos, os personagens são pessoas sensíveis (pra mim são como pessoas mesmo, de verdade... tenho saudade deles). Achava isso porque quando eu o escrevi eu pude sentir na pele tudo o que Leo e Malu sentiam e se um escritor escreve um texto com a alma, provavelmente seus leitores irão se identificar com ele. Quis falar do bullying por causa de tantos acontecimentos reais, tantos sofrimentos. Minha inspiração veio daí. Não imaginei o tamanho sucesso que ele faria como vem fazendo desde que foi lançado. E isso é muito bom, muito gratificante!
10. Você tem alguma pessoa que te ajuda no colhimento das informações para serem transformados em livros?
Se você diz alguém trabalhando para mim, isso não. As informações eu busco de vários jeitos, converso bastante com as pessoas. Sempre tem alguém com algo interessante a acrescentar nas minhas pesquisas. E muita leitura, sempre.
11. Gostaria que você desse algumas dicas para escritores iniciantes.
Dei algumas dicas quando respondi à pergunta 2, 3, 5... Muitos adolescentes amam escrever, assim como eu. Sempre falo que quem gosta de escrever sente uma necessidade inexplicável de fazê-lo, algo como respirar sem nunca poder ficar sem. Já é o primeiro passo. Daí para frente é só buscar o seu objetivo, sem cansar: ler, escrever, ler, escrever... Melhorar a cada dia, a cada novo texto. Ninguém pode achar que já escreve o melhor que pode. Eu pretendo melhorar muito ainda. E, pelo meu esforço, sei que vou.
Rapidinhas:
Um sonho: Ter muitos livros publicados, premiados, traduzidos.
Um pesadelo: Minha família em algum perigo.
Uma realidade: Ter me tornado escritora e poder viver dos meus livros.
Um nome: Ana Laura (tenho uma personagem com este nome, acho lindo.)
Um cantor (a) e/ou uma banda: Vanessa da Mata.
Um ator e/ou uma atriz: Selton Mello.
Um livro: Retratos de Carolina, de Lygia Bojunga.
Um escritor e/ou uma escritora: Marcos Rey/ Lygia Bojunga.
Uma frase: Lute por tudo aquilo que você quer.
Uma palavra: Amor.
Uma cor: Laranja.
Um amor: Meu marido. Minhas filhas. Meus pais. Meus amigos.
Oi, Lídia!
ResponderExcluirQue graça você é! Ficou tudo ótimo, parabéns e obrigada! Vou postar no meu blog também!
Bjs!
Tânia.
De nada querida!!!
ResponderExcluirEu é que agradeço!!!
Beijos S2
Ei Lídia vc é um amor!!!!!!!!
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